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Armando Henrique, presidente da Fenatest - Foto reprodução EPTV |
A engenheira de segurança Solange Delamain lembra que é atribuição do técnico verificar todas as situações de segurança nos trabalhos realizados, treinamentos e situações de risco. Porém, essas tarefas nem sempre são respeitadas por causa dos prazos de entrega, segundo ela. “Muitas vezes a pressa e o cronograma apertado levam os trabalhadores a fazer as atividades sem que sejam asseguradas as medidas de segurança”, apontou Solange.
Para o presidente da Fenatest, Armando Henrique, as empresas de construção civil contratam os técnicos, mas não dão a liberdade e as condições de trabalho adequadas para os profissionais. “A maior parte das obras tem os serviços terceirizados. Como as obras tem prazo de entrega, a corrida contra o tempo torna a ação do profissional limitada. Além disso, as empresas entendem que investir em prevenção é custo e não investimento”, explicou. O presidente considera ainda a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) “debilitada”.
“É lógico que é responsabilidade nossa, mas falta auditor fiscal, por outro lado, é obrigação do empregador. Ele sabe que com o aumento da mão de obra, tem que aumentar o número de técnicos de segurança. Essa também é uma responsabilidade do empregador”, disse.