domingo, 9 de maio de 2010

0 Orientações Verbais.


                                                                                                                
A RESPONSABILIDADE PELO CHOQUE.

Aquele estudante de Porto Alegre, que foi a óbito em consequência da descarga elétrica que recebeu numa parada de ônibus, além da grande irresponsabilidade de quem deveria ter tomado uma atitude em relação ao fato, de a referida parada encontrar-se energizada, confirma que, “NÃO EXISTEM ORIENTAÇÕES VERBAIS”.

Aproveito o gancho desse acidente, para falar sobre Segurança no Trabalho.

Observem que nesse caso, o jogo de empurra e disse não disse, de um órgão público para o outro, até que alguém resolvesse assumir a M....., foi grande.

Um dizia que havia comunicado. Outro negava terminantemente dizendo que nunca recebeu tal aviso.


E agora? Como provar?

Se a primeira pessoa que comunicou o fato, tivesse redigido um documento, por mais simples que fosse, e protocolado ou recolhido a assinatura do recebedor, eu tenho certeza de que este acidente estúpido teria sido evitado. Sabem por quê? Porque quem quer que tivesse recebido a ocorrência, e assinado, confirmando estar ciente sobre o fato, estaria automaticamente obrigado a tomar uma providência visto que poderia responder por omissão.

Assim, deve proceder o setor de segurança de uma empresa, ao constatar o perigo ou risco de um possível acidente do trabalho. É necessário formular um relatório detalhado, se possível fotografar, redigir no mínimo em 02 (duas) vias e fazer com que o responsável pelo setor, “assine” e reconheça a existência do perigo. Por que senão meu amigo, na hora em que ocorrer um acidente, tenha a certeza de que ninguém vai querer ficar com a batata quente na mão. Em alguém vai ter de estourar! Alguém vai ter de responder, e quem puder se livrar, passando a responsabilidade para o outro, não tenha dúvidas de que vai fazer.

Na hora da “degola”, qualquer um que possa, vai tirar o pescocinho da guilhotina, e sair de fininho como fizeram em Porto Alegre, até que a prefeitura resolvesse assumir a responsabilidade.

Em sua coluna do dia 15 de abril de 2010 no jornal Zero Hora, o Jornalista Paulo Sant’Ana escreveu assim:

“...Enquanto a EPTC, a CEEE e a Smov discutiam entre si de quem era a competência do problema, permanecia na parada a cadeira elétrica, à espera de uma vítima. - ...A CEEE jura que não recebeu nenhuma comunicação da EPTC de que a parada estava dando choque. A EPTC jura que fez três comunicações à CEEE de que a parada estava dando choque”.

Portanto lembre-se deste triste mau exemplo. Seja em que área for, hoje em dia ninguém mais quer assumir responsabilidades.


Ao realizar treinamentos, reuniões de segurança, fornecer Epi aos trabalhadores, faça sempre o registro e da melhor forma que puder. Seja esperto, para sua segurança e bom andamento de seu trabalho, tenha isso em mente: “NÃO EXISTEM ORIENTAÇÕES VERBAIS”!

Ah! Já ia esquecendo: Guarde sua via em lugar seguro!
Até mais.

José Idênio.

Não foi Acidente!

 

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